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quinta-feira, 29 de abril de 2010
Foto de Dom Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável
A espada de Nuno Alvares Pereira
A espada de Nun'Alvares Pereira segundo Condestável de Portugal (1360-1431), guerreiro e santo - na porta lateral do recinto da capela de Nossa Senhora dos Remédios que pertence à freguesia da Sertã.
domingo, 25 de abril de 2010
A figura exemplar de S. Nuno Álvares Pereira - Canonização
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid3Cyf2BBv_xnTC8DQwSlMkqVp5FiE7MQD7bUM_6QEzt8U7ywoJwH9cNCevy2VSTjAfLWPjPge1YLp57fvZVm4PB8wdltYXZMY7QdC7ijP6MO19N0Vxy8rzcDCxqW9QGIFTZZiW_dG7Jsv/s400/Nuno+Alvares+Pereira.jpg)
Bento XVI disse que em qualquer situação, mesmo de carácter militar e bélica, é possível actuar e realizar os valores cristãos.
Na homilia da cerimónia da canonização de S. Nuno de Santa Maria, Bento XVI destacou algumas características do novo santo português. “Uma intensa vida de oração e absoluta confiança no auxílio divino” E adianta: “Embora fosse um óptimo militar e um grande chefe, nunca deixou os dotes pessoais sobreporem-se à acção suprema que vem de Deus”.
“São Nuno esforçava-se por não pôr obstáculos à acção de Deus na sua vida, imitando Nossa Senhora, de Quem era devotíssimo e a Quem atribuía publicamente as suas vitórias” – sublinhou Bento XVI na homilia.
No final da sua vida, o «Santo Condestável» retirou-se para o convento do Carmo, em Lisboa, mandado construir por ele. “Sinto-me feliz por apontar à Igreja inteira esta figura exemplar nomeadamente pela presença duma vida de fé e oração em contextos aparentemente pouco favoráveis à mesma, sendo a prova de que em qualquer situação, mesmo de carácter militar e bélica, é possível actuar e realizar os valores e princípios da vida cristã” – disse o Papa.
No final da celebração, Bento XVI agradeceu à comunidade portuguesa presente na praça de S. Pedro e, em particular, os carmelitas. "A quem um dia se prendeu o olhar e o coração deste militar crente" - salientou. A sua história de vida é "um apelo" aos cristãos de hoje - finalizou.
“São Nuno esforçava-se por não pôr obstáculos à acção de Deus na sua vida, imitando Nossa Senhora, de Quem era devotíssimo e a Quem atribuía publicamente as suas vitórias” – sublinhou Bento XVI na homilia.
No final da sua vida, o «Santo Condestável» retirou-se para o convento do Carmo, em Lisboa, mandado construir por ele. “Sinto-me feliz por apontar à Igreja inteira esta figura exemplar nomeadamente pela presença duma vida de fé e oração em contextos aparentemente pouco favoráveis à mesma, sendo a prova de que em qualquer situação, mesmo de carácter militar e bélica, é possível actuar e realizar os valores e princípios da vida cristã” – disse o Papa.
No final da celebração, Bento XVI agradeceu à comunidade portuguesa presente na praça de S. Pedro e, em particular, os carmelitas. "A quem um dia se prendeu o olhar e o coração deste militar crente" - salientou. A sua história de vida é "um apelo" aos cristãos de hoje - finalizou.
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Canonização
Nuno Álvares Pereira - Poema
NUN'ÁLVARES PEREIRA
Que auréola te cerca?
É a espada que, volteando,
faz que o ar alto perca
seu azul negro e brando.
Mas que espada é que, erguida,
faz esse halo no céu?
É Excalibur, a ungida,
que o Rei Artur te deu.
'Sperança consumada,
S. Portugal em ser,
ergue a luz da tua espada
para a estrada se ver!
MENSAGEM de Fernando Pessoa;
A Coroa
NUN'ÁLVARES PEREIRA
English version
What halo encircles you?
It is the sword that, swirling,
Makes the lofty air lose
Its dark, soft blue.
But what sword is it that, raised aloft,
Makes that halo in the sky?
It is Excalibur, the anointed blade,
Which King Arthur bestowed upon you.
Hope accomplished,
St. Portugal in essence,
Raise your sword like a torch
To light the path for us.
Que auréola te cerca?
É a espada que, volteando,
faz que o ar alto perca
seu azul negro e brando.
Mas que espada é que, erguida,
faz esse halo no céu?
É Excalibur, a ungida,
que o Rei Artur te deu.
'Sperança consumada,
S. Portugal em ser,
ergue a luz da tua espada
para a estrada se ver!
MENSAGEM de Fernando Pessoa;
A Coroa
NUN'ÁLVARES PEREIRA
English version
What halo encircles you?
It is the sword that, swirling,
Makes the lofty air lose
Its dark, soft blue.
But what sword is it that, raised aloft,
Makes that halo in the sky?
It is Excalibur, the anointed blade,
Which King Arthur bestowed upon you.
Hope accomplished,
St. Portugal in essence,
Raise your sword like a torch
To light the path for us.
terça-feira, 23 de março de 2010
O Trono - Trailer (WoW Machinima)
O Trono é uma adaptação animada da batalha de aljubarrota. Um filme Machinima feito com WoW pelos alunos do 12º J da Escola Secundária Sebastião e Silva num projecto para a disciplina de Área Projecto.
Feito por: Afonso Moura, André Mendes, Diogo Albuquerque e Fábio Machado
Categoria: Filmes e desenhos
quinta-feira, 18 de março de 2010
Milagre atribuido a D. Nuno Álvares Pereira
Arquivo: Edição de 02-04-2009
Mulher natural de Vila Franca de Xira ficou curada de uma vista após apelar ao beato Milagre em Ourém eleva Nuno Álvares Pereira ao estatuto de santo
Foi dentro do perímetro muralhado do Castelo de Ourém que aconteceu o pretenso milagre que levou o Vaticano a aceitar a canonização de D. Nuno Álvares Pereira.
Em 29 de Setembro de 2000, Guilhermina de Jesus, hoje com 64 anos, fritava peixe na cozinha do restaurante medieval do Castelo de Ourém. Óleo a ferver saltou da frigideira e atingiu-a numa vista, roubando-lhe a visão. Os médicos consideraram os danos irreversíveis. Na noite de 7 para 8 de Dezembro de 2000 - após o fim da segunda novena onde familiares e amigos suplicaram a cura - Guilhermina foi para casa. No quarto, antes de se deitar, teve um impulso e evocou D. Nuno com uma oração mental. Depois beijou uma imagem do beato. E de repente passou a ver. Perplexa, ligou a televisão para ensaiar a vista e certificar-se de que aquilo estava realmente a acontecer.
Esta é a história oficial contada pelo seu filho Carlos Evaristo e que o Vaticano validou, permitindo finalmente concluir o processo de canonização, por via de milagre, de Nuno Álvares Pereira, que culmina a 26 de Abril em Roma. Foi o filho, na manhã seguinte, o primeiro a testemunhar o suposto milagre. A vista, habitualmente vermelha e lacrimejante, voltara ao normal. Os médicos não encontraram explicação científica. Os teólogos atestaram o milagre. “O meu santo curou-me”, disse para o filho, um estudioso e devoto dos milagres de Fátima.
Carlos Evaristo conta a história em nome da mãe, que vive também no burgo amuralhado do Castelo de Ourém, a quem quer proteger da comunicação social. Ele próprio prefere não ser fotografado. Há uma aura de secretismo em torno do assunto. “Nunca pensei que fosse um milagre a tal ponto fenomenal para ser utilizado para a canonização”, declara Evaristo a O MIRANTE perto do local onde se terão dado esses acontecimentos.
Guilhermina de Jesus, nome incompleto de uma cozinheira aposentada que terá nascido em Vila Franca de Xira e esteve emigrada no Canadá durante muitos anos, passou a protagonista da história contra vontade própria. “Ela não queria ser catapultada para este foco de luz. Por isso não quer falar sobre o assunto. Está muito grata a Deus e ao Beato Nuno”, diz o filho, director da Fundação Histórico-Cultural Oureana, que na altura explorava o restaurante medieval entretanto encerrado.
A verdade é que a história de Ourém deu um empurrão providencial ao processo de canonização de D. Nuno Álvares Pereira que estava emperrado há décadas. E pode dar um jeitão à promoção de Ourém através do turismo religioso. A Igreja Católica portuguesa e o Vaticano acabaram por preferir o milagre ocorrido na terra de que o herói da batalha de Aljubarrota foi conde a outros igualmente atribuídos a D. Nuno, como tumores que desapareceram.
Esta é a história oficial contada pelo seu filho Carlos Evaristo e que o Vaticano validou, permitindo finalmente concluir o processo de canonização, por via de milagre, de Nuno Álvares Pereira, que culmina a 26 de Abril em Roma. Foi o filho, na manhã seguinte, o primeiro a testemunhar o suposto milagre. A vista, habitualmente vermelha e lacrimejante, voltara ao normal. Os médicos não encontraram explicação científica. Os teólogos atestaram o milagre. “O meu santo curou-me”, disse para o filho, um estudioso e devoto dos milagres de Fátima.
Carlos Evaristo conta a história em nome da mãe, que vive também no burgo amuralhado do Castelo de Ourém, a quem quer proteger da comunicação social. Ele próprio prefere não ser fotografado. Há uma aura de secretismo em torno do assunto. “Nunca pensei que fosse um milagre a tal ponto fenomenal para ser utilizado para a canonização”, declara Evaristo a O MIRANTE perto do local onde se terão dado esses acontecimentos.
Guilhermina de Jesus, nome incompleto de uma cozinheira aposentada que terá nascido em Vila Franca de Xira e esteve emigrada no Canadá durante muitos anos, passou a protagonista da história contra vontade própria. “Ela não queria ser catapultada para este foco de luz. Por isso não quer falar sobre o assunto. Está muito grata a Deus e ao Beato Nuno”, diz o filho, director da Fundação Histórico-Cultural Oureana, que na altura explorava o restaurante medieval entretanto encerrado.
A verdade é que a história de Ourém deu um empurrão providencial ao processo de canonização de D. Nuno Álvares Pereira que estava emperrado há décadas. E pode dar um jeitão à promoção de Ourém através do turismo religioso. A Igreja Católica portuguesa e o Vaticano acabaram por preferir o milagre ocorrido na terra de que o herói da batalha de Aljubarrota foi conde a outros igualmente atribuídos a D. Nuno, como tumores que desapareceram.
quarta-feira, 17 de março de 2010
Citação...
“Não temais a multidão dos inimigos nem as ameaças que mostram com seus apupos e alaridos, pois tudo é um pouco de vento que daqui a breve espaço há-de cessar. Sede fortes e esforçados.
Tende grande fé em Deus, por cujo serviço aqui viemos, defendendo justa causa, por nosso Reino e pela Santa Igreja. A Mãe de Deus, cuja véspera hoje é, será advogada por nós.
O precioso Mártir S. Jorge será nosso capitão e ajudador."
Tende grande fé em Deus, por cujo serviço aqui viemos, defendendo justa causa, por nosso Reino e pela Santa Igreja. A Mãe de Deus, cuja véspera hoje é, será advogada por nós.
O precioso Mártir S. Jorge será nosso capitão e ajudador."
RUAS, Henrique Barrilaro – Vida do Santo Condestável Dom Nuno Álvares Pereira. Lisboa: Ministério da Educação Nacional, 1969, p. 80. In Colóquio "D. Nuno Álvares Pereira. O Homem e a Memória" - Nuno Álvares Pereira: Um Santo a Reconhecer " pelo Prof. Dr. D. Manuel Clemente, Bispo do Porto.
sábado, 13 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
Batalha dos Atoleiros
A Batalha dos Atoleiros ocorreu a 6 de Abril de 1384, no actual município português de Fronteira distrito de Portalegre, a cerca de 60Km da fronteira com Castela, entre as forças portuguesas, comandadas por Nuno Álvares Pereira, e uma expedição punitiva castelhana, enviada por João I de Castela, junto da povoação do mesmo nome no Alentejo. D. Nuno Álvares Pereira, chefe militar português que tinha sob o seu comando uma força de 1.200 homens de pé, dos quais 100 besteiros e 300 lanças (cavalaria ligeira e pesada).
As forças castelhanas invasoras, contam com um efectivo de aproximadamente 5.000 homens
Por esta altura Nuno Álvares Pereira tinha sido nomeado pelo Mestre de Avis como fronteiro do Alentejo, temendo a entrada em Portugal do exército castelhano por aquela zona. Partindo de Lisboa, D. Nuno aumentou o número dos seus homens pelo caminho e aproximou-se do exército inimigo que intentava cercar Fronteira. Mais numerosos e conscientes que D. Nuno os iria interceptar, os castelhanos enviaram um emissário ao chefe do exército português, tentando dissuadi-lo. Perante a recusa dos portugueses, o exército castelhano dirigiu-se ao seu encontro. O exército português já os aguardava, formando um quadrado, com a maioria das lanças na vanguarda; nas alas e retaguarda estavam os peões misturados com algumas lanças. Os castelhanos atacaram com a cavalaria, que foi contida pelas lanças e virotões, o que gerou grande desordem. A batalha durou pouco, tendo sofrido o exército castelhano pesadas baixas.
As tropas castelhanas, que depois de desorganizadas foram tomadas pelo pânico e começaram a fugir em todas as direcções, sendo perseguidas ao longo de todo o resto do dia pelas forças de D. Nuno Alvares Pereira, que lhes deu caça até à distância de cerca de sete quilómetros do local da batalha.
A batalha dos Atoleiros, constituiu na Península Ibérica a primeira e efectiva utilização das novas técnicas de defesa de forças de infantaria em inferioridade numérica perante uma cavalaria pesada muito superior. A mais conhecida destas será conhecida como a técnica do quadrado.
Uma das mais curiosas notas da batalha, é que embora as forças de Castela tenham sofrido perdas muito elevadas, principalmente com muitos mortos entre a cavalaria pesada (que era a força castelhana mais importante) do lado português não ocorreu uma única morte, nem se registaram feridos.
Este facto só por si, para a realidade da Idade Média era já de si importante, porque para um ambiente extremamente condicionado pela religião, a não existência de mortos ou feridos era vista como um prova de que o lado Português tinha o apoio de Deus.
As forças castelhanas invasoras, contam com um efectivo de aproximadamente 5.000 homens
Por esta altura Nuno Álvares Pereira tinha sido nomeado pelo Mestre de Avis como fronteiro do Alentejo, temendo a entrada em Portugal do exército castelhano por aquela zona. Partindo de Lisboa, D. Nuno aumentou o número dos seus homens pelo caminho e aproximou-se do exército inimigo que intentava cercar Fronteira. Mais numerosos e conscientes que D. Nuno os iria interceptar, os castelhanos enviaram um emissário ao chefe do exército português, tentando dissuadi-lo. Perante a recusa dos portugueses, o exército castelhano dirigiu-se ao seu encontro. O exército português já os aguardava, formando um quadrado, com a maioria das lanças na vanguarda; nas alas e retaguarda estavam os peões misturados com algumas lanças. Os castelhanos atacaram com a cavalaria, que foi contida pelas lanças e virotões, o que gerou grande desordem. A batalha durou pouco, tendo sofrido o exército castelhano pesadas baixas.
As tropas castelhanas, que depois de desorganizadas foram tomadas pelo pânico e começaram a fugir em todas as direcções, sendo perseguidas ao longo de todo o resto do dia pelas forças de D. Nuno Alvares Pereira, que lhes deu caça até à distância de cerca de sete quilómetros do local da batalha.
A batalha dos Atoleiros, constituiu na Península Ibérica a primeira e efectiva utilização das novas técnicas de defesa de forças de infantaria em inferioridade numérica perante uma cavalaria pesada muito superior. A mais conhecida destas será conhecida como a técnica do quadrado.
Uma das mais curiosas notas da batalha, é que embora as forças de Castela tenham sofrido perdas muito elevadas, principalmente com muitos mortos entre a cavalaria pesada (que era a força castelhana mais importante) do lado português não ocorreu uma única morte, nem se registaram feridos.
Este facto só por si, para a realidade da Idade Média era já de si importante, porque para um ambiente extremamente condicionado pela religião, a não existência de mortos ou feridos era vista como um prova de que o lado Português tinha o apoio de Deus.
Táctica do Quadrado
A táctica do quadrado, idealizada por D. Nuno Alvares Pereira e posta em prática na Batalha de Aljubarrota (1385), é um interessante exemplo de como um exército de muito menor capacidade pode vencer um opositor mais poderoso e com maior número de efectivos e recursos.
A táctica implicou várias questões críticas: o exército uniu-se em torno de um valor colectivo (“a defesa do território e da independência face a Castela”); foi conduzido por uma forte liderança (D. Nuno Alvares Pereira) que seleccionou e preparou, tão bem quanto possível, o espaço físico onde se iria dar a batalha (um terreno com encostas de acentuado declive, o que obrigava o inimigo a afunilar o ataque; armadilhado com fossos – “covas do lobo”- mais de 1.000 feitos em menos de três horas, disfarçados com folhas) e organizou tacticamente de forma brilhante os seus parcos recursos humanos (no famoso quadrado, com uma vanguarda apeada que criava ao inimigo uma ilusória noção de vantagem – os cavaleiros castelhanos, com fortes armaduras, tornaram-se um alvo fácil quando perderam os seus cavalos nas “covas do lobo”; protegidos pelas alas e rectaguarda onde se dispunham os besteiros e arqueiros que lançavam violentos ataques com flechas e pedras; as alas, localizadas em terrenos mais salientes, relativamente à linha da frente, cruzavam o tiro sobre a vanguarda avançada) 1 e 2.
(http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/)
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táctica do Quadrado
domingo, 28 de fevereiro de 2010
A figura do Santo Condestável em «Os Lusíadas»
Professor de literatura fala sobre Nuno Álvares Pereira na obra de Camões
Por Alexandre Ribeiro
SÃO PAULO, segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- No dia 3 de julho do ano passado, Bento XVI autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar os decretos que reconhecem um milagre e as virtudes heróicas do beato português Nuno Álvares Pereira.
Com isso, abriram-se as portas à canonização do leigo, general e depois professo na Ordem do Carmo, que viveu de 1360 a 1431, e foi beatificado pelo Papa Bento XV em 1918.
Nuno Álvares Pereira, também conhecido como Santo Condestável ou Beato Nuno de Santa Maria, foi o general da célebre Batalha de Aljubarrota, retratada por Camões em Os Lusíadas.
Sobre a figura do Condestável em Os Lusíadas, Zenit conversou com o Prof. Dr. Márcio Ricardo Coelho Muniz, Professor Adjunto de Literatura Portuguesa da Universidade Federal da Bahia - UFBA.
–Como D. Nuno Álvares Pereira é retratado em Os Lusíadas?
–Prof. Márcio Muniz: Nuno Álvares Pereira recebe por parte de Camões a consideração dada aos grandes heróis da pátria. Na condição de artífice da vitória na Batalha de Aljubarrota, que impediu a dominação castelhana durante a crise de 1383-1385, o Condestável terá um espaço, em termos de quantidade de estâncias ou oitavas do poema, que poucas personagens terão. Além disso, o poeta concede-lhe a voz narrativa num discurso feito durante a reunião do Conselho Real, em Abrantes, para decidir sobre a batalha, cuja força retórica só se assemelha à fala de outras importantes personagens do poema, como o Velho do Restelo, Inês de Castro e o Gigante Adamastor.
Os adjetivos com que o poeta qualificará a pessoa e as ações do herói também são representativos da deferência que lhe tem Camões. Nuno Álvares Pereira é forte, feroz, leal, verdadeiro, grande, valoroso, entre outros adjetivos que lhes ressaltam as qualidades físicas, morais e éticas. Ou seja, toda a descrição busca qualificá-lo como figura central e responsável não só pela vitória na Batalha de Aljubarrota, mas também pela construção e afirmação da liberdade do reino, governado por um novo rei, alçado ao trono por uma nova dinastia, a de Avis.
–Qual é o papel do Condestável na Batalha de Aljubarrota?
–Prof. Márcio Muniz: O Condestável é o General da Batalha. É ele, inclusive, que força o enfrentamento das hostes castelhanas, infinitamente superiores às portuguesas. Isto fica claríssimo no relato que o poema faz da reunião do Conselho de Abrantes, em sua grande parte, apoiado na Crônica de D. João I, de Fernão Lopes. Neste Conselho, D. João I buscou ouvir as diversas opiniões dos maiores do reino para decidir se enfrentava ou não o enorme exército castelhano.
Devido à superioridade das forças de Castela, a maioria dos conselheiros do monarca português sugeria uma intervenção militar pelo sul, entrando por Badajoz, de modo a obrigar as forças castelhanas a deslocarem-se para o sul, e, do mesmo modo, criando tempo para a negociação diplomática pela paz. Camões descreve esses conselheiros como "covardes", "desleais", e opõe às suas opiniões o longo e forte discurso de Nuno Álvares Pereira pelo enfrentamento imediato.
Decida a batalha, é o Condestável que organiza o combate, a estratégia da guerra, o posicionamento das diversas colunas de ataque e defesa, e é ele também, junto com seus homens, que toma a frente da batalha, enquanto D. João I permanece na retaguarda. Como se vê, a papel do Condestável na Batalha de Aljubarrota é central, tanto em Os Lusíadas, como nas crônicas que tratarão da batalha.
http://www.zenit.org/article-20700?l=portuguese
Por Alexandre Ribeiro
SÃO PAULO, segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- No dia 3 de julho do ano passado, Bento XVI autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar os decretos que reconhecem um milagre e as virtudes heróicas do beato português Nuno Álvares Pereira.
Com isso, abriram-se as portas à canonização do leigo, general e depois professo na Ordem do Carmo, que viveu de 1360 a 1431, e foi beatificado pelo Papa Bento XV em 1918.
Nuno Álvares Pereira, também conhecido como Santo Condestável ou Beato Nuno de Santa Maria, foi o general da célebre Batalha de Aljubarrota, retratada por Camões em Os Lusíadas.
Sobre a figura do Condestável em Os Lusíadas, Zenit conversou com o Prof. Dr. Márcio Ricardo Coelho Muniz, Professor Adjunto de Literatura Portuguesa da Universidade Federal da Bahia - UFBA.
–Como D. Nuno Álvares Pereira é retratado em Os Lusíadas?
–Prof. Márcio Muniz: Nuno Álvares Pereira recebe por parte de Camões a consideração dada aos grandes heróis da pátria. Na condição de artífice da vitória na Batalha de Aljubarrota, que impediu a dominação castelhana durante a crise de 1383-1385, o Condestável terá um espaço, em termos de quantidade de estâncias ou oitavas do poema, que poucas personagens terão. Além disso, o poeta concede-lhe a voz narrativa num discurso feito durante a reunião do Conselho Real, em Abrantes, para decidir sobre a batalha, cuja força retórica só se assemelha à fala de outras importantes personagens do poema, como o Velho do Restelo, Inês de Castro e o Gigante Adamastor.
Os adjetivos com que o poeta qualificará a pessoa e as ações do herói também são representativos da deferência que lhe tem Camões. Nuno Álvares Pereira é forte, feroz, leal, verdadeiro, grande, valoroso, entre outros adjetivos que lhes ressaltam as qualidades físicas, morais e éticas. Ou seja, toda a descrição busca qualificá-lo como figura central e responsável não só pela vitória na Batalha de Aljubarrota, mas também pela construção e afirmação da liberdade do reino, governado por um novo rei, alçado ao trono por uma nova dinastia, a de Avis.
–Qual é o papel do Condestável na Batalha de Aljubarrota?
–Prof. Márcio Muniz: O Condestável é o General da Batalha. É ele, inclusive, que força o enfrentamento das hostes castelhanas, infinitamente superiores às portuguesas. Isto fica claríssimo no relato que o poema faz da reunião do Conselho de Abrantes, em sua grande parte, apoiado na Crônica de D. João I, de Fernão Lopes. Neste Conselho, D. João I buscou ouvir as diversas opiniões dos maiores do reino para decidir se enfrentava ou não o enorme exército castelhano.
Devido à superioridade das forças de Castela, a maioria dos conselheiros do monarca português sugeria uma intervenção militar pelo sul, entrando por Badajoz, de modo a obrigar as forças castelhanas a deslocarem-se para o sul, e, do mesmo modo, criando tempo para a negociação diplomática pela paz. Camões descreve esses conselheiros como "covardes", "desleais", e opõe às suas opiniões o longo e forte discurso de Nuno Álvares Pereira pelo enfrentamento imediato.
Decida a batalha, é o Condestável que organiza o combate, a estratégia da guerra, o posicionamento das diversas colunas de ataque e defesa, e é ele também, junto com seus homens, que toma a frente da batalha, enquanto D. João I permanece na retaguarda. Como se vê, a papel do Condestável na Batalha de Aljubarrota é central, tanto em Os Lusíadas, como nas crônicas que tratarão da batalha.
http://www.zenit.org/article-20700?l=portuguese
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Filatelia: D. Nuno Álvares Pereira
Foi, sem dúvida, uma figura importantíssima da nossa História. Nasceu provavelmente em 1360, tendo sido legitimado pouco tempo depois pelo rei D. Pedro I. Aos 13 anos, entrou para a corte de D. Fernando, como escudeiro da rainha, e tinha 16 anos quando casou com a jovem viúva D. Leonor Alvim, passando a morar em Cabeceiras de Basto. Enviuvou em 1387, não voltando mais a casar.
Nuno Álvares Pereira teve um papel decisivo após a morte do conde Andeiro, alinhando de imediato ao lado do Mestre de Avis. Conseguirá assim uma ascensão notória e social. Com boas qualidades militares do ponto de vista estratégico como da coragem individual e da capacidade de condução de homens, lutou em várias escaramuças em Lisboa estendendo-se para o Alentejo, tendo sido a sua primeira intervenção significativa na batalha dos Atoleiros.
Ao longo da sua carreira, recebeu vários títulos e honras.
Herói tipicamente medieval, conciliou o espírito guerreiro com os mais exaltados sentimentos religiosos, com a construção da Capela de S. Jorge em Aljubarrota, algumas igrejas no Alentejo e o Convento do Carmo em Lisboa.
(Baseado na “Nova Enciclopédia Larouse” do Círculo de Leitores, nº 18)
Esta emissão de 1931, tem desenho e gravura de Arnaldo Lourenço Fragoso inspirado no retrato de Nuno Alvares segundo a “Chronica do Condestabre”, Lisboa 1526, em gravura de madeira de autor desconhecido. A Casa da Moeda fez a impressão tipográfica sobre papel liso, e rugoso, em folhas de 100 selos com denteado 11,5 e pondo a taxa em segunda impressão.
Foram emitidos 1.500.000 selos de $15 preto, 1.500.000 selos de $25 verde, 4.000.000 de selos de $40 laranja, 250.000 selos de $75 carmim, 500.000 selos de 1$25 azul e azul claro, e 250.000 selos de 4$50 castanho e verde claro. Circularam de 1 de Novembro a 31 de Dezembro, mantendo-se a sua venda para fins filatélicos, até 29 de Fevereiro de 1932.Para que se aproveitassem as enormes sobras de selos desta emissão, decretou o Governo, através da Portaria de 27 de Julho de 1933 que os selos do 5° centenário da morte de D. Nuno Alvares Pereira fossem sobretaxados com as taxas mais necessárias. A sobretaxa a preto foi tipografada na Casa da Moeda. Foram postos em circulação 1.145.500 selos de $15 s/40 laranja, 516.300 selos de $40 s/ 15 preto, 894.600 selos de $40 s/ 25 verde, 151.200 selos de $40 s/75 carmim, 245.600 selos de $40 s/ 1$25 azul e azul claro, e 159.500 selos de $40 s/ 4$50 castanho e verde-claro. Foram retirados de circulação em 1 de Outubro de 1945.
(In: Carlos Kulber Selos de Portugal - Álbum II (1910 / 1953)
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
A Vida do Santo Condestavel
«Nesta longa e difícil guerra pela independência da terra portuguesa, ao lado do Rei, a acompanhá-lo incansavelmente, vemos a pessoa do Condestável D. Nuno Álvares Pereira.
Filho bastardo do Prior do Hospital, D. Fr. Álvaro Gonçalves Pereira, filho bastardo, este, também, de D. Gonçalo Pereira, que foi, mais tarde, Arcebispo de Braga, e de Iria Gonçalves, Nuno Álvares, o Condestável do Rei de Portugal D. João I, nasceu a 24 de Junho de 1360, em Sernache do Bonjardim. É, talvez, a figura mais representativa, a figura mais exemplarmente típica do povo português, enquanto ideologias intrusas o não abastardaram e corromperam.
Ele trouxe sempre fundidos no seu coração o amor de Deus e o amor da Pátria. Foi Monge e foi Soldado; e foi Santo e foi Herói. Teve o duplo mistiscismo — o do Céu, e o da sua terra. Na hora mais aguda das batalhas, esquecido de tudo, ajoelhava e rezava. E, como os maiores místicos, possuía o sentido rectilíneo do equilíbrio e das realidades. Era um espírito positivo de patriota, animado pela fé mais viva da crença mais alta.
Sabia querer: e a sua vontade não conhecia, quando livre, embaraços. Sabia obedecer: e a sua obediência, na hora própria, não suportava reservas.
Nuno Álvares é a encarnação suprema da Pátria portuguesa: está nos altares, porque a Igreja o reconheceu merecedor de culto; e está nos corações dos portugueses fiéis que vêem nele o símbolo do seu amor pátrio.
Sem a sua espada vigorosa e sã, Portugal teria caído possivelmente na órbita de Castela, e tudo quanto fez em prol da Civilização andaria hoje escrito em língua estranha.
Riquíssimo de tudo — de honras, de bens e de glória, tudo trocou pelo hábito rude e áspero da estamenha de carmelita, quando viu que a sua Pátria já não precisava de que pusesse por ela «seu corpo em grandes aventuras», como dissera o Rei, no diploma em que lhe conferia o título de Conde de Barcelos.
O Convento do Carmo começou a edificá-lo, em Lisboa, em 1389. Lentamente, as obras prosseguiam. Os primeiros monges entrariam em 1397 — só portugueses. Nuno Álvares queria habitá-lo. Um elo ainda o prendia à vida: a filha. Mas esta, talvez em 1415, morre em Chaves. Dispõe-se a entrar no Carmo. Mas o Rei chama-o para Ceuta. E Nuno Álvares obedece.
No regresso, liberto já de quaisquer peias, o seu sonho corporiza-se. E em 15 de Agosto de 1423, a porta do convento fecha-se sobre a sua sombra: é Fr. Nuno de Santa Maria!»
Filho bastardo do Prior do Hospital, D. Fr. Álvaro Gonçalves Pereira, filho bastardo, este, também, de D. Gonçalo Pereira, que foi, mais tarde, Arcebispo de Braga, e de Iria Gonçalves, Nuno Álvares, o Condestável do Rei de Portugal D. João I, nasceu a 24 de Junho de 1360, em Sernache do Bonjardim. É, talvez, a figura mais representativa, a figura mais exemplarmente típica do povo português, enquanto ideologias intrusas o não abastardaram e corromperam.
Ele trouxe sempre fundidos no seu coração o amor de Deus e o amor da Pátria. Foi Monge e foi Soldado; e foi Santo e foi Herói. Teve o duplo mistiscismo — o do Céu, e o da sua terra. Na hora mais aguda das batalhas, esquecido de tudo, ajoelhava e rezava. E, como os maiores místicos, possuía o sentido rectilíneo do equilíbrio e das realidades. Era um espírito positivo de patriota, animado pela fé mais viva da crença mais alta.
Sabia querer: e a sua vontade não conhecia, quando livre, embaraços. Sabia obedecer: e a sua obediência, na hora própria, não suportava reservas.
Nuno Álvares é a encarnação suprema da Pátria portuguesa: está nos altares, porque a Igreja o reconheceu merecedor de culto; e está nos corações dos portugueses fiéis que vêem nele o símbolo do seu amor pátrio.
Sem a sua espada vigorosa e sã, Portugal teria caído possivelmente na órbita de Castela, e tudo quanto fez em prol da Civilização andaria hoje escrito em língua estranha.
Riquíssimo de tudo — de honras, de bens e de glória, tudo trocou pelo hábito rude e áspero da estamenha de carmelita, quando viu que a sua Pátria já não precisava de que pusesse por ela «seu corpo em grandes aventuras», como dissera o Rei, no diploma em que lhe conferia o título de Conde de Barcelos.
O Convento do Carmo começou a edificá-lo, em Lisboa, em 1389. Lentamente, as obras prosseguiam. Os primeiros monges entrariam em 1397 — só portugueses. Nuno Álvares queria habitá-lo. Um elo ainda o prendia à vida: a filha. Mas esta, talvez em 1415, morre em Chaves. Dispõe-se a entrar no Carmo. Mas o Rei chama-o para Ceuta. E Nuno Álvares obedece.
No regresso, liberto já de quaisquer peias, o seu sonho corporiza-se. E em 15 de Agosto de 1423, a porta do convento fecha-se sobre a sua sombra: é Fr. Nuno de Santa Maria!»
Alfredo Pimenta In «Elementos de História de Portugal», E.N.P., Lisboa, 1935, págs. 112/115.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
D.Nuno Álvares Pereira
Filho ilegítimo de D. Álvaro Gonçalves Pereira, prior do Hospital. Veio para a corte aos 13 anos, e é armado cavaleiro por D. Leonor Teles com o arnês do Mestre de Avis, de quem se torna amigo. Adere à causa do Mestre, que o nomeia fronteiro da comarca de Entre-Tejo-e-Odiana. Foi depois condestável do reino e mordomo-mor. Recebeu de D. João I os títulos de 3º conde de Ourém, de 7º conde de Barcelos e de 2º conde de Arraiolos. Professou em1423 na Ordem dos Carmelitas, tomando o nome de Frei Nuno da Santa Maria. Mandou edificar o Convento de Santa Maria do Carmo, em Lisboa, onde morreu, já com fama de santo. Desde o século XV que é objecto de culto, o que foi reconhecido pelo Papa, em 1918. É chamado Santo pelos Portugueses e pelos Carmelitas, e Beato pela restante Igreja".
http://www.caestamosnos.org/Pesquisas_Carlos_Leite_Ribeiro/Nuno_Alvares_Pereira.html
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
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Monumento a D. Nuno Álvares Pereira - Aljubarrota (Portugal)
Camões, em sentido literal ou alegórico, explícito ou implícito, faz referência ao Condestável nada menos que 14 vezes em «Os Lusíadas».
Nuno Álvares Pereira nasceu em Cernache do Bonjardim, concelho do Sertã. É um dos 26 filhos conhecidos do prior do Crato, D. Álvaro Gonçalves Pereira e de Iria Gonçalves do Carvalhal (Alentejo).
Casou com Leonor de Alvim a 1377 em Vila Nova da Rainha, freguesia do concelho de Azambuja.
Quando o rei Fernando de Portugal morreu em 1383, sem herdeiros a não ser a princesa Beatriz casada com o rei João I de Castela, Nuno foi um dos primeiros nobres a apoiar as pretensões de João, o Mestre de Avis à coroa. Apesar de ser filho ilegítimo de Pedro I de Portugal, João afigurava-se como uma hipótese preferível à perda de independência para os castelhanos. Depois da primeira vitória de Álvares Pereira frente aos castelhanos na batalha dos Atoleiros em Abril de 1384, João de Avis nomeia-o Condestável de Portugal e Conde de Ourém.
A 6 de Abril de 1385, João é reconhecido pelas cortes reunidas em Coimbra como Rei de Portugal. Esta posição de força portuguesa desencadeia uma resposta à altura em Castela. João de Castela invade Portugal com vista a proteger os interesses de sua mulher Beatriz. Álvares Pereira toma o controlo da situação no terreno e inicia uma série de cercos a cidades leais a Castela, localizadas principalmente no Norte do país.
A 14 de Agosto, Álvares Pereira mostra o seu génio militar ao vencer a batalha de Aljubarrota à frente de um pequeno exército de 6000 portugueses e aliados ingleses, contra as 30 000 tropas castelhanas. A batalha viria a ser decisiva no fim da instabilidade política de 1383-1385 e na consolidação da independência portuguesa. Finda a ameaça castelhana, Nuno Álvares Pereira permaneceu como condestável do reino e tornou-se Conde de Arraiolos e Barcelos. Entre 1385 e 1390, ano da morte de João de Castela, dedicou-se a realizar raides contra a fronteira de Castela, com o objectivo de manter a pressão e dissuadir o país vizinho de novos ataques.
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monumento Nuno Alvares Pereira
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
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O santo Condestavel
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O processo de elevação de Nun’Álvares Pereira aos altares encontrou inúmeras dificuldades no trânsito do tempo. Nascido em 1360, na adolescência sonhava ser um novo “Galaaz”, influenciado pelas novelas de cavalaria, que muito gostava de ler. A crise dinástica de 1383-1385 dá-lhe oportunidade de provar que ser Galaaz era, muito mais do que sonho, uma realidade. Sê-lo-ia, antes de mais, em nome da Pátria, na qualidade de Condestável do Reino, em defesa da independência nacional e da unidade católica da Igreja. Naquele tempo, Castela aceitara obedecer ao anti-Papa de Avinhão (Clemente VII), pelo que a entrega da coroa portuguesa a D. João de Castela poria o Reino em situação de cisma e infidelidade a Roma. O triunvirato (D. João Mestre de Aviz, o Condestável Álvares Pereira, o jurista Dr. João das Regras) lutava em duas frentes: a independência nacional e a lealdade à Igreja Universal. Não fora a luta por esta lealdade, e Roma teria certa dificuldade em reconhecer o primado da soberania portuguesa face a Castela.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
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A sua força interior emanava essencialmente de dois grandes valores: Um grande amor por Portugal e pelo povo português, que serviu, sem reservas, enquanto a situação o exigiu. Mas também uma grande fé em Deus e devoção a Nossa Senhora, cujas imagens sempre transportou no seu estandarte. Ao descrever, de forma muito interessante e instrutiva, o comportamento dos líderes portugueses e do povo português, no período de 1383 a 1431, a Isabel Ricardo chama a atenção para a dupla responsabilidade que todos nós temos. Com efeito, os caminhos que escolhemos e as opções que tomamos, afectam não apenas as nossas próprias vidas, mas reflectem-se também no desenvolvimento e no futuro de Portugal.»
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D. Nuno Alvares Pereira
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Sinopse:
Foi graças à vontade política de Nuno Álvares Pereira, ao seu génio militar e à sua integridade que os portugueses, na grande crise do século XIV, conseguiram derrotar as forças de D. João de Castela. E foi ele quem guardou a nação independente, preparando-a para o novo tempo português de navegação e expansão além-mar. Mas o que sabemos desta grande figura da nossa História que nas últimas décadas caiu no esquecimento? Quase 600 anos após a sua morte, a canonização solene em Roma do Santo Condestável de Portugal não deixou de causar espanto e de levantar velhas questões. Pode um chefe de guerra chegar aos altares? Pode um santo ser guerreiro e um guerreiro ser santo? Nuno Álvares Pereira mostra-nos que sim. E não por um qualquer arrependimento tardio, por uma troca aparentemente súbita e em fim de vida da cota de malha pelo hábito de monge: entre as intrigas da corrupta corte fernandina e o poder e a glória da Casa de Avis, nas horas difíceis da revolução de Lisboa e nas batalhas de Aljubarrota, Atoleiros e Valverde que marcaram a Guerra da Independência, S. Nuno de Santa Maria sempre procurou ser, no espírito e na letra, o cavaleiro perfeito, indo contra muito daquilo que, na guerra e na paz, era regra no tempo.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Nuno Álvares Pereira canonizado a 26 de Abril 2009
O Beato Nuno de Santa Maria (Nuno Álvares Pereira, 1360-1431) foi beatificado em 1918 por Bento XV e, nos últimos anos, a Ordem do Carmo (onde ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiram retomar a defesa da causa da canonização. A sua memória litúrgica celebra-se, actualmente, a 06 de Novembro.
O processo de canonização foi reaberto a 13 de Julho de 2004, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa, em sessão solene presidida por D. José Policarpo.
Uma cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano foi relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo, por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.
O cardeal Saraiva Martins, Prefeito Emérito da Congregação para as Causas dos Santos, conduziu no Vaticano o processo de canonização.
Segundo D. José Saraiva Martins, a idosa sofria de "uma úlcera na córnea, uma coisa gravíssima".
"E os médicos, realmente, chegaram à conclusão que aquilo [a cura] não tinha explicação científica", frisou, em declarações recentes à Lusa, explicando que o processo de canonização de D. Nuno Álvares Pereira chegou ao fim "em três meses", entre Abril e Julho de 2008.
Em Abril, "o milagre atribuído à intervenção do beato Nuno foi examinado pelos médicos [do Vaticano]" e, em Maio, pelos teólogos, "no sentido de saber se tinha sido efeito da oração feita pela doente, pedindo-lhe a sua cura".
Os cardeais da Congregação das Causas dos Santos viriam a aprovar as conclusões, "tanto dos médicos como dos teólogos, e, em Julho, a documentação resultante foi presente ao Papa Bento XVI por D. José Saraiva Martins.
Em Novembro, em Fátima, os bispos católicos portugueses tornaram público o desejo de Bento XVI se deslocar a Portugal em 2009, fazendo conciliar essa viagem com a canonização de Nuno de Santa Maria.
CONDESTÁVEL DE PORTUGAL!
Filme sobre quem foi o Condestável de Portugal, canonizado em Roma a 26 de Abril de 2009.
D. Nuno Álvares Pereira
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[BIBLIOTECA NACIONAL DE PORTUGAL - NUNO ÁLVARES PEREIRA]
[Nuno Álvares Pereira] [Visual ], [16--?]. - 1 pintura : óleo sobre madeira, color. ; 71,5x58 cm. - (Colecção de Pintura da BNP). - Provável autor português. - Data interrogada, atribuída segundo características formais. - Dim. com moldura: 87,5x58 cm. - Apresenta vestígios de fogo. - E. Soares não refere. - Henrique de Campos Ferreira Lima - Catálogo da exposição bíblio-iconográfica..., Lisboa, 1932, p. 37, n.º 352 (sem atribuição de data). - Gabriel Pereira - Notícia dos retratos em tela, [1899?], não refere. - José Barbosa Canais de F. Castelo Branco - Estudos biográphicos ou notícia das pessoas retratadas nos quadros historicos ..., 1854, , p. 308. - Retrato a meio corpo, com hábito, a três quartos à dir.ta . - Possivelmente proveniente de espólio conventual (1834), embora não conste do enlenco do património da BNP por Gabriel Pereira (1899?) e, portanto, as ref. biográficas de J. Castelo Branco (1854) não sejam referentes a este quadro.
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