quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Filatelia: D. Nuno Álvares Pereira

5º Centenário da morte de D. Nuno Álvares Pereira Por João Paulo Mesquita Simões


Foi, sem dúvida, uma figura importantíssima da nossa História. Nasceu provavelmente em 1360, tendo sido legitimado pouco tempo depois pelo rei D. Pedro I. Aos 13 anos, entrou para a corte de D. Fernando, como escudeiro da rainha, e tinha 16 anos quando casou com a jovem viúva D. Leonor Alvim, passando a morar em Cabeceiras de Basto. Enviuvou em 1387, não voltando mais a casar.
Nuno Álvares Pereira teve um papel decisivo após a morte do conde Andeiro, alinhando de imediato ao lado do Mestre de Avis. Conseguirá assim uma ascensão notória e social. Com boas qualidades militares do ponto de vista estratégico como da coragem individual e da capacidade de condução de homens, lutou em várias escaramuças em Lisboa estendendo-se para o Alentejo, tendo sido a sua primeira intervenção significativa na batalha dos Atoleiros.
Ao longo da sua carreira, recebeu vários títulos e honras.
Herói tipicamente medieval, conciliou o espírito guerreiro com os mais exaltados sentimentos religiosos, com a construção da Capela de S. Jorge em Aljubarrota, algumas igrejas no Alentejo e o Convento do Carmo em Lisboa.

(Baseado na “Nova Enciclopédia Larouse” do Círculo de Leitores, nº 18)

Esta emissão de 1931, tem desenho e gravura de Arnaldo Lourenço Fragoso inspirado no retrato de Nuno Alvares segundo a “Chronica do Condestabre”, Lisboa 1526, em gravura de madeira de autor desconhecido. A Casa da Moeda fez a impressão tipográfica sobre papel liso, e rugoso, em folhas de 100 selos com denteado 11,5 e pondo a taxa em segunda impressão.
Foram emitidos 1.500.000 selos de $15 preto, 1.500.000 selos de $25 verde, 4.000.000 de selos de $40 laranja, 250.000 selos de $75 carmim, 500.000 selos de 1$25 azul e azul claro, e 250.000 selos de 4$50 castanho e verde claro. Circularam de 1 de Novembro a 31 de Dezembro, mantendo-se a sua venda para fins filatélicos, até 29 de Fevereiro de 1932.Para que se aproveitassem as enormes sobras de selos desta emissão, decretou o Governo, através da Portaria de 27 de Julho de 1933 que os selos do 5° centenário da morte de D. Nuno Alvares Pereira fossem sobretaxados com as taxas mais necessárias. A sobretaxa a preto foi tipografada na Casa da Moeda. Foram postos em circulação 1.145.500 selos de $15 s/40 laranja, 516.300 selos de $40 s/ 15 preto, 894.600 selos de $40 s/ 25 verde, 151.200 selos de $40 s/75 carmim, 245.600 selos de $40 s/ 1$25 azul e azul claro, e 159.500 selos de $40 s/ 4$50 castanho e verde-claro. Foram retirados de circulação em 1 de Outubro de 1945.

(In: Carlos Kulber Selos de Portugal - Álbum II (1910 / 1953)

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