quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010


O processo de elevação de Nun’Álvares Pereira aos altares encontrou inúmeras dificuldades no trânsito do tempo. Nascido em 1360, na adolescência sonhava ser um novo “Galaaz”, influenciado pelas novelas de cavalaria, que muito gostava de ler. A crise dinástica de 1383-1385 dá-lhe oportunidade de provar que ser Galaaz era, muito mais do que sonho, uma realidade. Sê-lo-ia, antes de mais, em nome da Pátria, na qualidade de Condestável do Reino, em defesa da independência nacional e da unidade católica da Igreja. Naquele tempo, Castela aceitara obedecer ao anti-Papa de Avinhão (Clemente VII), pelo que a entrega da coroa portuguesa a D. João de Castela poria o Reino em situação de cisma e infidelidade a Roma. O triunvirato (D. João Mestre de Aviz, o Condestável Álvares Pereira, o jurista Dr. João das Regras) lutava em duas frentes: a independência nacional e a lealdade à Igreja Universal. Não fora a luta por esta lealdade, e Roma teria certa dificuldade em reconhecer o primado da soberania portuguesa face a Castela.

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