terça-feira, 23 de março de 2010

Batalha de Aljubarrota

Promo Filme Batalha Aljobarrota



Promo Filme Batalha Aljobarrota

O Trono - Trailer (WoW Machinima)



O Trono é uma adaptação animada da batalha de aljubarrota. Um filme Machinima feito com WoW pelos alunos do 12º J da Escola Secundária Sebastião e Silva num projecto para a disciplina de Área Projecto.

Feito por: Afonso Moura, André Mendes, Diogo Albuquerque e Fábio Machado
Categoria: Filmes e desenhos

quinta-feira, 18 de março de 2010

Milagre atribuido a D. Nuno Álvares Pereira

Arquivo: Edição de 02-04-2009



Mulher natural de Vila Franca de Xira ficou curada de uma vista após apelar ao beato Milagre em Ourém eleva Nuno Álvares Pereira ao estatuto de santo


Foi dentro do perímetro muralhado do Castelo de Ourém que aconteceu o pretenso milagre que levou o Vaticano a aceitar a canonização de D. Nuno Álvares Pereira.


Em 29 de Setembro de 2000, Guilhermina de Jesus, hoje com 64 anos, fritava peixe na cozinha do restaurante medieval do Castelo de Ourém. Óleo a ferver saltou da frigideira e atingiu-a numa vista, roubando-lhe a visão. Os médicos consideraram os danos irreversíveis. Na noite de 7 para 8 de Dezembro de 2000 - após o fim da segunda novena onde familiares e amigos suplicaram a cura - Guilhermina foi para casa. No quarto, antes de se deitar, teve um impulso e evocou D. Nuno com uma oração mental. Depois beijou uma imagem do beato. E de repente passou a ver. Perplexa, ligou a televisão para ensaiar a vista e certificar-se de que aquilo estava realmente a acontecer.

Esta é a história oficial contada pelo seu filho Carlos Evaristo e que o Vaticano validou, permitindo finalmente concluir o processo de canonização, por via de milagre, de Nuno Álvares Pereira, que culmina a 26 de Abril em Roma. Foi o filho, na manhã seguinte, o primeiro a testemunhar o suposto milagre. A vista, habitualmente vermelha e lacrimejante, voltara ao normal. Os médicos não encontraram explicação científica. Os teólogos atestaram o milagre. “O meu santo curou-me”, disse para o filho, um estudioso e devoto dos milagres de Fátima.

Carlos Evaristo conta a história em nome da mãe, que vive também no burgo amuralhado do Castelo de Ourém, a quem quer proteger da comunicação social. Ele próprio prefere não ser fotografado. Há uma aura de secretismo em torno do assunto. “Nunca pensei que fosse um milagre a tal ponto fenomenal para ser utilizado para a canonização”, declara Evaristo a O MIRANTE perto do local onde se terão dado esses acontecimentos.

Guilhermina de Jesus, nome incompleto de uma cozinheira aposentada que terá nascido em Vila Franca de Xira e esteve emigrada no Canadá durante muitos anos, passou a protagonista da história contra vontade própria. “Ela não queria ser catapultada para este foco de luz. Por isso não quer falar sobre o assunto. Está muito grata a Deus e ao Beato Nuno”, diz o filho, director da Fundação Histórico-Cultural Oureana, que na altura explorava o restaurante medieval entretanto encerrado.

A verdade é que a história de Ourém deu um empurrão providencial ao processo de canonização de D. Nuno Álvares Pereira que estava emperrado há décadas. E pode dar um jeitão à promoção de Ourém através do turismo religioso. A Igreja Católica portuguesa e o Vaticano acabaram por preferir o milagre ocorrido na terra de que o herói da batalha de Aljubarrota foi conde a outros igualmente atribuídos a D. Nuno, como tumores que desapareceram.



quarta-feira, 17 de março de 2010

Citação...

“Não temais a multidão dos inimigos nem as ameaças que mostram com seus apupos e alaridos, pois tudo é um pouco de vento que daqui a breve espaço há-de cessar. Sede fortes e esforçados.
Tende grande fé em Deus, por cujo serviço aqui viemos, defendendo justa causa, por nosso Reino e pela Santa Igreja. A Mãe de Deus, cuja véspera hoje é, será advogada por nós.
O precioso Mártir S. Jorge será nosso capitão e ajudador."
RUAS, Henrique Barrilaro – Vida do Santo Condestável Dom Nuno Álvares Pereira. Lisboa: Ministério da Educação Nacional, 1969, p. 80. In Colóquio "D. Nuno Álvares Pereira. O Homem e a Memória" - Nuno Álvares Pereira: Um Santo a Reconhecer " pelo Prof. Dr. D. Manuel Clemente, Bispo do Porto.

sábado, 13 de março de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

Batalha dos Atoleiros

A Batalha dos Atoleiros ocorreu a 6 de Abril de 1384, no actual município português de Fronteira distrito de Portalegre, a cerca de 60Km da fronteira com Castela, entre as forças portuguesas, comandadas por Nuno Álvares Pereira, e uma expedição punitiva castelhana, enviada por João I de Castela, junto da povoação do mesmo nome no Alentejo. D. Nuno Álvares Pereira, chefe militar português que tinha sob o seu comando uma força de 1.200 homens de pé, dos quais 100 besteiros e 300 lanças (cavalaria ligeira e pesada).

As forças castelhanas invasoras, contam com um efectivo de aproximadamente 5.000 homens

Por esta altura Nuno Álvares Pereira tinha sido nomeado pelo Mestre de Avis como fronteiro do Alentejo, temendo a entrada em Portugal do exército castelhano por aquela zona. Partindo de Lisboa, D. Nuno aumentou o número dos seus homens pelo caminho e aproximou-se do exército inimigo que intentava cercar Fronteira. Mais numerosos e conscientes que D. Nuno os iria interceptar, os castelhanos enviaram um emissário ao chefe do exército português, tentando dissuadi-lo. Perante a recusa dos portugueses, o exército castelhano dirigiu-se ao seu encontro. O exército português já os aguardava, formando um quadrado, com a maioria das lanças na vanguarda; nas alas e retaguarda estavam os peões misturados com algumas lanças. Os castelhanos atacaram com a cavalaria, que foi contida pelas lanças e virotões, o que gerou grande desordem. A batalha durou pouco, tendo sofrido o exército castelhano pesadas baixas.

As tropas castelhanas, que depois de desorganizadas foram tomadas pelo pânico e começaram a fugir em todas as direcções, sendo perseguidas ao longo de todo o resto do dia pelas forças de D. Nuno Alvares Pereira, que lhes deu caça até à distância de cerca de sete quilómetros do local da batalha.

A batalha dos Atoleiros, constituiu na Península Ibérica a primeira e efectiva utilização das novas técnicas de defesa de forças de infantaria em inferioridade numérica perante uma cavalaria pesada muito superior. A mais conhecida destas será conhecida como a técnica do quadrado.

Uma das mais curiosas notas da batalha, é que embora as forças de Castela tenham sofrido perdas muito elevadas, principalmente com muitos mortos entre a cavalaria pesada (que era a força castelhana mais importante) do lado português não ocorreu uma única morte, nem se registaram feridos.

Este facto só por si, para a realidade da Idade Média era já de si importante, porque para um ambiente extremamente condicionado pela religião, a não existência de mortos ou feridos era vista como um prova de que o lado Português tinha o apoio de Deus.

Táctica do Quadrado

A táctica do quadrado, idealizada por D. Nuno Alvares Pereira e posta em prática na Batalha de Aljubarrota (1385), é um interessante exemplo de como um exército de muito menor capacidade pode vencer um opositor mais poderoso e com maior número de efectivos e recursos.

A táctica implicou várias questões críticas: o exército uniu-se em torno de um valor colectivo (“a defesa do território e da independência face a Castela”); foi conduzido por uma forte liderança (D. Nuno Alvares Pereira) que seleccionou e preparou, tão bem quanto possível, o espaço físico onde se iria dar a batalha (um terreno com encostas de acentuado declive, o que obrigava o inimigo a afunilar o ataque; armadilhado com fossos – “covas do lobo”- mais de 1.000 feitos em menos de três horas, disfarçados com folhas) e organizou tacticamente de forma brilhante os seus parcos recursos humanos (no famoso quadrado, com uma vanguarda apeada que criava ao inimigo uma ilusória noção de vantagem – os cavaleiros castelhanos, com fortes armaduras, tornaram-se um alvo fácil quando perderam os seus cavalos nas “covas do lobo”; protegidos pelas alas e rectaguarda onde se dispunham os besteiros e arqueiros que lançavam violentos ataques com flechas e pedras; as alas, localizadas em terrenos mais salientes, relativamente à linha da frente, cruzavam o tiro sobre a vanguarda avançada) 1 e 2.


(http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/)